
Ivone João
Terapeuta Transpessoal e Sistêmica
Mensageira da Luz, Amor e Cura no Planeta
Reconciliadora da Paz nas Famílias.

Biografia
Cresci num pequeno Monte, em terras Algarvias, onde fui livre e prisioneira. Livre, porque brincava livremente com a natureza, os amigos, os animais e desde sempre, pintei no ar telas invisíveis. Prisioneira, porque vivia agarrada e sufocada, pelo sofrimento/dor que existia na minha linhagem e que também eu carregava.
Enquanto criança era completamente, desconectada do ser humano, a minha conexão mais profunda, era aos animais e aos Seres invisíveis que me acompanhavam.
No dia do meu aniversário em que completava 9 anos, recebi do meu PAI, a melhor prenda, que jamais alguma vez possa ter recebido, sem contar claro, com a vinda dos meus filhos: Um rebanho de ovelhas. Das coisas mais bonitas e belas que pude experienciar na vida - SER PASTORA. Comparo a minha felicidade durante os anos que as pastorei, aos momentos de felicidade, que encontro no acompanhar o outro e os vejo partir livremente com o seu Espírito Divino de Puro Amor. Cada ovelha, era isso mesmo que me mostrava, talvez elas fossem as minhas Mestres, para me ajudarem a conectar com a contemplação do seu ser único, apesar de parecerem todas iguais, eu conhecia uma por uma e todas tinham nome. Cada uma era parte do "TODO", de Deus. Não sentado numa poltrona, com barba branca, nunca visualizei esse "Deus", mas para mim, DEUS era o que estava dentro de mim e em todas as coisas visíveis e invisíveis. Ele não tinha forma, porque era de todas as formas, sempre acreditei nisso e era junto a Ele que eu me sentia protegida. Fui uma menina muito feliz naqueles campos, unida os meus companheiros e fies amigos cães a ás minhas eternas companheiras ovelhas. Comunicávamos-nos pelos olhos, ouvia as suas vozes, assim como as vozes vindas do céu, das árvores, da água, do fogo e da terra que pisava. Quando tocava nas pedras, sentia a comunicar-me com elas e de repente na minha cabeça via imagens e vozes das suas histórias, percebia que também elas, umas eram crianças, outras eram mães, outras tias, outras avós e que não eramos só nós humanos os seres maiores desta grande casa, mas sim os seres mais soberbos e tenazes que este Planeta tinha.
Era junto dos mais velhos, que gostava de me encaixar, para ouvir as suas histórias, as histórias que também eles ouviam contar aos seus antecessores.
Aos 16 anos, escolho sair de casa e ir em busca da minha liberdade. O peso que eu sentia naquele lar era demasiado para mim. Certo dia levantei-me e fui ao espelho, atravessei o meu olhar e senti, que tinha chegado o momento de partir, percebi que a minha própria vida podia estar em risco, se me mantivesse junto da dor que era insuportável, a morte/a escuridão, sussurrava-me diariamente e a minha capacidade de sustentação tinha chegado ao meu limite.
Conheci outro mundo, um mundo mais leve, um mundo de materialismo, de concorrência, de crueldade também, mas agora sentia-me mais liberta, ainda assim havia sempre um mundo, o meu mundo à minha espera, onde eu entrava numa bolha e sentia uma felicidade, um amor que em mais lado nenhum eu sentia, o de estar nos campos a pastorar as minhas guardiãs ovelhas, e sempre que podia, recorria para lá.
Em 2003, estava no pico da minha carreira. Trabalhava para uma Empresa Multinacional, adorava o meu trabalho, revia-me completamente nas normas da Empresa e no Pós Laboral e fins de semana, era Formadora de Informática no Algarve e Baixo Alentejo. Nessa altura, sentia-me uma mulher empoderada, de exito, guerreira por viver sozinha e ser livre no meu tempo e nas minhas escolhas.
Toda essa liberdade que eu ansiava e experienciei conduziu-me a uma gravidez não planeada aos meus 27 anos. De repente, sou avassalada por um sentimento de impotência, de resignação, onde tudo o que tinha construído até então estava a desmoronar e conduzir-me a sacrificar toda a minha carreira e "liberdade" em prol de receber a maior benção: o de ser mãe. Desde criança que me recordo de ter muitas projeções, onde visualizava imagens do futuro, e esta tinha sido uma delas: ser mãe solteira. Durante 5 anos foi um passagem, onde experiencie dores insuportáveis, esgotamento, pensamentos assombrosos. Hoje, vejo o quanto esta experiência me trouxe a capacidade de conhecer quase todas as vibrações possíveis e imaginárias, que um ser humano pode experienciar.
Sofri de depressão profunda e sempre que sentia que podia colocar a minha vida em risco ou a do meu filho, procurava ajuda especializada, mas também me entregava a Deus, Ele sabia o melhor para mim. Sempre me senti apoiada pelos Anjos, pelos Seres Invisíveis que ouvia, que me abraçavam e sem esta força invisível que me sustentava, não teria conseguido sobreviver.
Em 2010, após refazer a minha vida com o meu atual companheiro e pai da minha filha, sou avassalada por uma infeção bilateral renal com valor de septicemia, que aos olhos dos médicos se tratou de um milagre, por ter sobrevivido, devido à medicação, apanhei hepatite c, desenvolvi esofagite em grau v, e entro novamente numa profunda e terrível depressão. Mas agora não estava sozinha, tinha alguém que tomasse conta mim e do meu filho e o meu corpo pode expelir tudo o que tinha armazenado durante os 6 anos anteriores.
É em 2013, que se dá a viragem do meu Ser. Fico grávida da minha filha, uma gravidez que me despertou para algo maior. Durante os meses que a carreguei no ventre, sentia e via, os Anjos ao meu lado, sentia-me e visualizava-me dentro de uma cúpula, onde eu sabia que nada de mal me poderia acontecer.
Nunca senti medo, sentia contudo, que esta menina me trazia uma missão de despertar.
O meu despertar começa então em 2014, quando recebo a minha filha no colo e o nosso olhar se cruzou, ela foi sem duvida o unicórnio que me resgatou da escuridão.
Ainda nesse ano e no meio de um estado febril de 40ºc, fiz o de curso de Reiki, nível I. Este momento, foi o atravessar a ponte, nunca mais nada voltou a ser como dantes, não há retorno. A partir desse momento e até hoje as minhas mãos movimentam a ENERGIA, assim como os meus olhos no invisível e é nesse invisível que EU SOU o EU SOU, um ESPÍRITO LIVRE.
Desde então, muitas foram as buscas para as minhas questões? Quem Sou Eu? O que faço aqui? De onde vim? Para o que vim?
E quando nos religamos e fundimos à Alma e posteriormente ao Espírito, todas essas questões, todas as nossas histórias que contamos a nós próprios, deixam de fazer sentido. Só na matéria existe a dor, e sim a Alma transporta as nossas vivências, as vivências da nossa linhagem ao nosso corpo, ele é o ecrã que nos trás à consciência terrena tudo o que nos limita, o que nos enfraquece e quando não temos a capacidade de ler, ouvir e escutar através desse ecrã, ele resolve que então é necessário adoecer, enfraquecer e colocar-se escuro, para que dentro da escuridão desse pequeno ecrã, encontremos o ponto do rato que estará algures submerso na imensidão da escuridão.
Ao longo destes anos fui sendo guiada para Formações e Mestres que me ajudaram a despertar, a sanar feridas e a reencontrar-me. Mas sem dúvida, que foi na Formação de Constelações Familiares, que obtive as ferramentas, o olhar, o despertar. Sou eternamente Grata, a cada um dos Seres que cruzou o meu caminho, porque Todos, os que se cruzaram comigo, foram os escolhidos, para que hoje, seja esta nova Ivone.
Foi na Escuridão, que encontrei a força para ir ao reencontro da Luz! Na busca insaciável da libertação, reencontrei-me com partes de mim, que me pacificaram e mostraram, como é bom VIVER! Hoje, acompanho o Outro na Travessia da Ponte, onde estou em PAZ e em EQUILÍBRIO, com estas Forças.
Ivone João